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quarta-feira, 28 de abril de 2010



Pelezinho: b-boy em pistas gringas
São José do Rio Preto, 21 de Maio de 2005
Pierre Duarte
Pelezinho durante apresentação em Rio Preto: disputa acirrada em Berlim

Igor Galante

0:39: - Aos 23 anos, Alex José Gomes Eduardo, ou apenas Pelezinho, consolida-se hoje como um dos maiores exemplos de evolução e sucesso da profissão de b-boy. O rio-pretense, que deu seus primeiros giros e mortais em pistas do bairro Eldorado e hoje desponta como um dos maiores nomes do breake no País, participa neste sábado do campeonato mundial entre b-boys, promovido pelo Red Bull BC One, em Berlim, na Alemanha. Frente a frente, estarão os 16 melhores b-boys do planeta e é a primeira vez que um brasileiro entra na briga. As “batalhas”, como são conhecidas as disputas individuais entre rappers e b-boys, ocorrem em um único dia e, no melhor estilo “mata-mata”, vão servir para escolher, ao final da competição, o “todo-poderoso das pistas” em 2005.

Pelezinho tem o gingado brazuca, que faz diferença mesmo na dança de rua. Mas o páreo é duro. Os três finalistas da edição do ano passado, disputada na Suíça, estarão lá: o b-boy Omar, dos EUA, vencedor em 2004; Junior, da França; e Ronnie, das Filipinas. Sem contar os coreanos, que segundo Pelezinho são os b-boys que mais evoluíram no mundo. No BC One, a Coréia vai com dois representantes, Phisicx e Kong 10. O breaker rio-pretense tem assistido a fitas com apresentações passadas de seus adversários e buscado informações na internet. Tem a seu favor o fato de, segundo ele, “pensar no Brasil” quando cria as coreografias que leva para o palco.

“Tem b-boy brasileiro que pensa nos gringos, em fazer como eles. Eu penso no Brasil. Já fiz capoeira e dar mortal em batalhas de breake é uma parada que eles lá fora nunca viram”, diz Pelezinho, em um papo com a reportagem na última terça-feira, um dia antes de embarcar para a Alemanha. A escolha de Pelezinho como representante brasileiro no campeonato mundial coube a Juny Kp!, produtor e curador do evento no Brasil. “É quem melhor pode representar o País lá fora no momento”, diz Kp!.

A parceria com D2
Pelezinho projetou seu nome e adquiriu respeito de verdade depois que passou a fazer parte da equipe de Marcelo D2, viajando com o rapper em todos os shows realizados no Brasil e em eventos importantes do gênero, como o Hip Hop Festival, que contou com a participação de artistas como Ja Rule e Snoop Dog. Em junho, ele segue D2 na turnê do músico pela Europa. A parceria com D2 começou no final de 2003. “Ele procurava b-boys para participar do clipe de ‘Loadeando’, uma das faixas de ‘Em Busca da Batida Perfeita’. Eu e o Chaveirinho, o outro b-boy, gravamos com ele até as 8 da manhã, e quando acabou ele nos chamou para fazer parte do time”.

Pelezinho representa hoje uma nova imagem para a figura do b-boy, menos marginal e mais profissional. “Hoje eu sobrevivo e sustento minha família por meio da dança”. E, a exemplo do que acontece principalmente com jogadores de futebol, Pelezinho mira seu futuro no exterior. “Meus planos são trabalhar lá fora, onde há estrutura e apoio. No Brasil, você vê gente que trabalha de servente de pedreiro e ainda tem de treinar”. Antes de ser descoberto por D2 e fazer sucesso no Brasil, Pelezinho fez parte dos dois principais grupos de breake de Rio Preto, o B. Boy New Style e o Supersonic B.Boys (este último também já representou o Brasil em um campeonato de breake na Alemanha, em 2000, mas Pelezinho não integrava o elenco de dançarino).

terça-feira, 27 de abril de 2010

B.BOY LILOU melhor de b.boys



O Red Bull BC One balançou o espaço de eventos Hammerstein Ballroom, em Nova York. Dezesseis b-boys de onze países encantaram uma multidão de mais de 1600 fãs. O campeão da edição deste ano foi o B-Boy Lilou, que levou para casa o título de "The One" pela segunda vez, algo inédito na história da Red Bull BC One, que acontece há seis anos. Não foi tarefa fácil para Lilou, nem para os outros concorrentes da noite, mas na batalha final entre o francês e o americano Cloud, que voltou a concorrer no Red Bull BC após quatro anos de ausência por estar em turnê com Madonna, Lilou levou a melhor.

Sempre divertido e sorridente, o francês manteve seu estilo inteligente. Na primeira rodada, derrotou o ucraniano Kolobok e nas quartas, o americano Tese. Na semi-final, mostrou a que veio para outro americano, Morris, que tinha a platéia toda a seu favor, o que acabou surtindo efeito positivo não nele, mas em Lilou.

O mestre de cerimônias da noite foi KRS-One, e Talib Kweli mandou suas batidas em um show grandioso. Os b-boys novaiorquinos do tradicional Rocksteady Crew também se apresentaram, mostrando um pouco da evolução do break e do hip hop em NY.